Continuação 3
Seus olhos ardiam e faziam sua respiração ficar cada vez mais cansada, mais lenta e com menas vontade de sair de seus pulmões, mas lá estava o dono da voz, pelo qual ela havia visto tantas vezes nas histórias que sua avó contara para si, quando era mais nova. O homem em sua frente era alto e moreno, forte, mas não tanto quanto os homens de Merak, tinha traços fortes, mas ainda sim, não conseguia ver tudo. Ela não estava em casa, não estava em sua terra e sim, em uma completa civilização estranha.
“Achou mesmo que eu fosse algum tipo de contos de fadas?” Ela ironizou, sabendo do perigo que poderia ter feito, mas estava cansada demais para encontrar o que iria falar. Sua voz tinha falhado algumas vezes para completar a frase, mas quem ligaria? Engoliu o seco e respirou profundamente deixando o ar dentro de si, por mais tempo que da última vez.